InícioPolítica“Não voltaremos atrás em plano de privatização”, diz Tarcísio

“Não voltaremos atrás em plano de privatização”, diz Tarcísio

Governador classificou greve do Metrô como “política” e garantiu que manterá sua decisão de privatizar transporte sobre trilhos

Da Redação

O governador do estado de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) garantiu que não voltará atrás no plano de privatizar o Metrô e a CPTM. Em entrevista ao programa Brasil Urgente, Tarcísio criticou a paralisação no transporte sobre trilho imposta nesta terça-feira (28), principalmente pelo Sindicato dos Metroviários e Metroviárias e São Paulo, grupo contrário à privatização.

Além do Metrô e CPTM, a previsão era de que Sabesp e servidores da educação estadual também aderissem à greve. Segundo Tarcísio, o problema maior foi causado pela paralisação completa do Metrô.

Foto: Francisco Cepeda / Governo do Estado de SP

“Não houve problema com a Sabesp. É o projeto de privatização mais adiantado e os servidores que já têm uma compreensão do modelo e que vêm dialogando com o governo do estado trabalharam normalmente. Não tivemos problema nenhum com a Sabesp”, afirmou ele.

Para o governador, a greve tem caráter político, já que a pauta de reivindicações não prevê melhorias trabalhistas ou salariais. “É uma conciliação impossível, porque eles querem que a gente paralise o processo de estudo e não vamos paralisar. Temos convicção muito grande daquilo que queremos entregar para a população do estado de São Paulo. Por isso achamos que é uma greve política”, disparou para, em seguida, criticar a falta de punição aos sindicatos.

“A Justiça que tem a responsabilidade de balizar as condições da greve, determinou o funcionamento de 80% do efetivo do Metrô nas horas de pico e 60% fora do horário de pico e determinou multa em caso de descumprimento, mas infelizmente eles [sindicatos] sempre descumprem a ordem judicial e as multas não são aplicadas. É um desrespeito à Justiça. Todo cidadão se submete à Justiça e os sindicatos não”, lamentou.

“O sindicato vai impondo um sofrimento à população. Pode até não concordar [com a privatização], mas não pode impor sofrimento à população. É uma postura que não soma, que não agrega. Só causa dor. A greve daqui a pouco vai se encerrar e qual o resultado? Nenhum. O governo vai voltar atrás? Claro que não”, prometeu.

Como previsto por Tarcísio, ao final da terça-feira, o Sindicato dos Metroviários e Metroviárias anunciou o fim das paralisações. Com isso, nesta quarta-feira (29), os serviços, inclusive do Metrô, funcionam normalmente.

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