Em Carapicuíba, Fabinho Reis (PSDB) relembrou caso do paciente que morreu em sala de espera e comentou que maior preocupação de servidor que expôs vídeo nas redes sociais era “ganhar likes”
Da Redação
O caso do paciente que faleceu no Pronto Atendimento da Cohab II de Carapicuíba sentado no banco da sala de espera na última semana repercutiu entre os vereadores. Durante a sessão da Câmara Municipal desta terça-feira (20), o líder do governo na Casa Fabinho Reis (PSDB) comentou que houve falta de empatia ao expor as imagens da vítima Sérgio Pedro da Silva, de 50 anos.
“A mesma pessoa que filmou, chegou ao local de trabalho às 6h55 da manhã, sentou na recepção de frente ao Sérgio, e ela foi se atentar que estava morto às 8h07. Demorou uma hora e doze minutos. [O servidor] estava mexendo no celular, e isso não invenção da cabeça de secretário de ninguém porque tem uma câmera bem em cima”, indignou.
Fabinho frisou também a resolução do Conselho Federal de Medicina nº 2.126/2015 que estabelece critérios aos profissionais da área. “A resolução diz que é vedada publicação nas mídias sociais, além de tirar retratos, imagens ou áudios que caracterizam sensacionalismo. Isso não é só sensacionalismo, mas falta de empatia também (…) a preocupação maior era em ganhar likes nas redes sociais”, lamentou.
Tentativa de se benefício político
Já o vereador João Naves (PSDB) acusou algumas pessoas de tentar se beneficiar politicamente da tragédia. Sem citar nomes, ele afirmou que a aproximação das eleições municipais leva a alguns grupos a apostar no “quanto pior, melhor”.
“As pessoas deveriam tentar contribuir e não denegrir usando a imagem de uma pessoa que teve uma morte circunstancial. Foi uma fatalidade. A gente parte do princípio que pode ter havido negligência do atendimento”, ponderou o tucano.
Resposta da prefeitura
Na última sexta-feira (16) a prefeitura de Carapicuíba confirmou o afastamento de seis servidores por suspeita de negligência e exposição da imagem, além de ter aberto sindicância para apura o caso de aplicar as punições cabíveis.
“Comissão da Secretaria de Saúde avaliou várias informações, entre elas relatórios dos atendimentos ao paciente e constatou possíveis falhas nos protocolos. Tudo foi encaminhado para abertura de processo administrativo disciplinar. Após as apurações, foram afastados dois enfermeiros, dois técnicos de enfermagem, uma médica e um auxiliar de enfermagem, até que o caso seja completamente esclarecido”, informa a nota.
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