InícioEsporteNão é sorte. No São Paulo, Dorival eleva seu patamar

Não é sorte. No São Paulo, Dorival eleva seu patamar

Após eliminar o Palmeiras do português Abel Ferreira, treinador foi irônico ao falar sobre avaliação de sua carreira

Da redação

Dorival Júnior foi irônico ao tratar como “sorte” seus bons resultados na carreira de treinador que começou há 21 anos. Mas não é coincidência que o desabafo tenha acontecido após eliminar o Palmeiras, do português Abel Ferreira, com duas vitórias seguidas.

É que mesmo após ser campeão da Libertadores e da Copa do Brasil em 2022, Dorival não teve seu contrato renovado pelo Flamengo que, em seu lugar, escolheu o português Vitor Pereira. Meses depois, o mesmo Flamengo demitiu Vitor Pereira e contratou o argentino Jorge Sampaoli.

É que mesmo vencendo dois dos principais títulos do continente, Dorival via Abel Ferreira ser tratado como o melhor treinador em atividade no Brasil.

É que apontado como candidato para assumir o comando da Seleção Brasileira, Dorival viu a CBF optar pelo italiano Carlo Ancelotti, mesmo tendo que esperar um ano para que o treinador multicampeão na Europa termine seu vínculo com o Real Madrid.

Foto: Reprodução Twitter/ SaoPauloFC

Os treinadores brasileiros já não conseguem mais esconder o incômodo com a invasão estrangeira em território tupiniquim. E ninguém melhor que Dorival Júnior, neste momento, para ser o porta-voz da categoria, mesmo que em forma de ironia.

Não. Não foi com sorte que Dorival foi campeão pelo Flamengo. Teve muita competência para reorganizar um time cheio de estrelas que, ao dispor de tantas opções, fez com que o trabalho do treinador parecesse fácil.

Mas o que Dorival faz no São Paulo salta aos olhos. Elevou seu patamar. O Tricolor não tem estrelas, muito menos a condição financeira do Flamengo para buscá-las. Com Dorival, do goleiro ao ponta esquerda, todos os jogadores do São Paulo subiram de nível.

E isso não é sorte. É trabalho. O bom posicionamento defensivo. O trabalho ofensivo que começa com o forte apoio de Caio Paulista pela esquerda e a construção por dentro de Rafinha, pela direita. O poder de marcação de Gabi Neves. A liberdade para que Luciano flutue entre as linhas adversárias. Tudo é trabalho de Dorival.

De sorte isso não tem nada. Dorival tem a chance de conquistar a Copa do Brasil pelo segundo ano consecutivo, levando o São Paulo a um título inédito. Se isso acontecer, o treinador terá todos os méritos por um trabalho sólido que é seu, somente seu, mas que nada tem a ver com sua nacionalidade.

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